quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Desastre em Lançamento


No dia 2 de setembro do ano corrente celebrava-se o segundo dia do lançamento do Residencial Smiley Home Resort, em um terreno localizado na Estrada São Paulo-Paraná, no Km 18,5 - Rodovia Raposo Tavares, na cidade de São Paulo. O evento começou às 8h45 daquele domingo, que era o primeiro dia da semana da pátria. No plantão de vendas faziam-se presentes 200 corretores. Depois de aproximadamente 2 meses de trabalho, foram autorizados a realizar fechamentos.

O empreendimento era vendável pelas características do projeto: uma área total de 23.500m², sendo que, dessa medida 17.000m²  serão destinados aos 4 prédios a serem construídos e ao espaço de lazer, enquanto os 6.500m² , ficarão intocáveis, pelo fato de comporem uma reserva florestal. O condomínio de médio padrão terá 3 edifícios de 22 pavimentos, e 1 de 23 denominados respectivamente: Casablanca – apartamentos de 91m² - opções de 1 ou 2 vagas de garagem, Damasco e Alexandria, com perfil semelhante, e imóveis de 77m² - 1 vaga, e Marrocos – unidades de 108m², todas com 2 vagas. Com valores a partir de R$340.000,00.

Além das torres residenciais, o empreendimento terá um Smiley Open Mall composto por 7 lojas com duas metragens: 6 de 52m², e 1 de 177m² . Também figurará na área comercial um quiosque de 9m². O lazer será completo com: boulevard das águas, academia, salões de festa, instituto de beleza, brinquedoteca, churrasqueira, entre outras opções. A localização do terreno é privilegiada, perto do Carrefour e do Shopping da Raposa, e a 3 minutos da Granja Viana.

        

Cogitava-se a possibilidade de execução de bons negócios, entretanto, o fluxo de visita no plantão de vendas foi baixo, 14 clientes. Pelo fato de ter acontecido em um dia especial, foi uma tragédia. Foram rodados apenas 3 contratos. Embora o mercado imobiliário esteja em alta, muitos lançamentos não atendem às expectativas das Incorporadoras e proprietários de empresas de consultoria. O investimento em mídia tanto impressa como na internet foi efetuado, além de divulgação nas ruas, inclusive nas proximidades do terreno. Todavia, o empenho aplicado não foi suficiente para garantir o êxito esperado, pelos corretores, empresários, supervisores e gerentes.



quinta-feira, 28 de junho de 2012

Marcas Globais e Poder Corporativo

Perda de Identidade?

Por Magno Viana


Por intermédio desta aula, o pof. Dr. Dimas Künsh, utilizando-se da obra da escritora canadense Naomi Klein, intitulada “Marcas globais e poder corporativo”, explana as ações e campanhas de marketing dos grandes conglomerados empresarias (The Walt Disney Company, Nike, Virgin, IBM), entre outros, cuja finalidade é recriar a própria existência humana dentro de um contexto que beneficie os empresários, firmando no mercado as empresas e principalmente as marcas.

Dimas debate as formas de manipulação instrumentalizadas por empresas nacionais e internacionais. Como condicionam os consumidores, para que vendam suas ideias, transformadas em produtos, e formem grupos fiéis de admiradores e compradores.
Em um pequeno trecho do texto em análise, Naomi sintetiza o que se passa na atualidade do consumismo e da priorização pela etiqueta ao afirmar “O que vende é a ideia...”. Primeiro acontece a cogitação consciente da teoria, o pensamento de uma ideologia que se considera viável. Os publicitários imaginam públicos específicos para o tipo de mercadoria, fazem orçamentos junto com executivos e materializam o mundo imaginário e teórico.
Na realidade o público-alvo dos empresários se torna objeto de condicionamento para que o consumo aconteça, e as estratégias dos agentes do capitalismo se concretizem. Mediante a utilização dos recursos de marketing com todas as ferramentas (audiovisuais, outdoor, frases de efeito, fotos de homens e mulheres famosos, ricos e belos), vende-se o sonho perfeito e fabrica-se uma nova realidade. Ao induzirem as pessoas a essa realidade forjada, se obtêm a consolidação da marca e a lucratividade.
A escritora aborda várias problemáticas, que podem ser pontuadas como: a valorização da marca em detrimento do produto, a lucratividade a qualquer custo, a edificação de uma nova realidade e ausência de politização.
Nas argumentações, Naomi cita a construção do casulo, uma prática da Disney, que é o referencial no tema. Significa elaborar metodicamente uma junção de produtos da mesma marca. Sendo assim, os consumidores terão uma gama de produtos necessários e até mesmo desnecessários, vindos de um só grupo de empresas.
Naomi menciona ainda, uma cidade Disney localizada na Flórida, denominada Celebration, que é a primeira cidade de marca. Mas, as marcas não são expostas em cartazes, nem trabalhadas por meio de franquias, entretanto, para habitá-la é preciso estar condicionado àquele estilo de vida, personalizado por diversos parques e ruas e crianças brincando de bicicleta.

Diante dos assuntos apresentados, e da asseveração da escritora “... as empresas... produzem as pessoas”, o que não pode ser refutado, pois para vender a mercadoria, cria-se um perfil de pessoas condicionadas, fica um questionamento para a reflexão do leitor:
Será que a comunidade mundial do século decorrente perdeu a identidade, por se permitir fazer parte de um mecanismo industrial repleto de futilidade, ou, ao contrário do que se pensa e diz, mesmo fazendo parte de uma sociedade capitalista e de um sistema globalizado, o indivíduo consome, mas sabe o que realmente está acontecendo no Planeta?