sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Padrão Social Século XXl

O final do século XX, mais precisamente a década de 1990, acentuou um momento inédito na história das sociedades ocidentais como Europa, EUA e Japão, mediante a utilização intensa e progressiva dos meios de comunicação, principalmente, pela adesão massiva à conexão da internet não só para execução de trabalhos, mas também para entretenimento com jogos, músicas, vídeos e redes sociais. Sendo que, estas redes de interação virtual só cresceram em número a partir do ano 2000.
A sociedade atual tem um perfil dinâmico que condiciona os cidadãos a se adequarem dentro de uma forma de vida interconectada, caso contrário, ficam à margem de informações, novas tendências, modelos de comportamentos, invenções e contatos, sejam eles de cunho amistoso, profissional ou romântico.
Estamos na época das diversas formas de interação social desde as mais simples como o e-mail, um endereço eletrônico, até as mais amplas como:Facebook, Instagram, Foursquare, Tumblr, Linkedin, Twitter, Skype, blog, entre outras redes sociais. As mudanças que têm sido efetuadas são sem precedentes no cotidiano das pessoas no Brasil e no mundo. De forma direta ou indireta os avanços tecnológicos afetam os habitantes de todos os continentes da Terra. A vida em sociedade foi em maior ou menor proporção alterada e reinventada. A comunicação face a face tem sido substituída pela mediada via aparatos da tecnologia.
Do computador fixo ou móvel, o internauta envia recado, estabelece novas amizades, vê pessoas, sejam elas conhecidas de longa data ou não, escreve no blog pessoal, e também no de outros blogueiros, ouve músicas, e também as grava e compartilha, socializa o perfil profissional no Linkedin, e twittando se aproxima dos artistas prediletos. Acredita-se que foi exatamente esse o objetivo do criador desta mídia, possibilitar a sensação de proximidade entre fãs e celebridades, com textos de até 140 caracteres.

O nível de interação tanto entre amigos como entre pessoas que tem as mesmas ideologias é tão forte que, segundo o site   G1(G1), já existem 200 milhões de usuários do Twitter em todo o mundo, apesar de 40% desse total não twittar, mas, apenas ler as breves mensagens que são postadas e acompanhar o cotidiano de determinados artistas.
Com o uso do Twitter a relação dos consumidores com os fornecedores nunca mais foi a mesma. A reclamação é praticamente gratuita e veiculada com rapidez, possibilitando com apenas um click grande visibilidade sobre o assunto pelos internautas. Por meio do Facebook agenda-se além de shows e encontros, passeatas com foco em reivindicações públicas. Não podemos esquecer a repercussão nacional e internacional das manifestações públicas de junho deste ano. As quais foram organizadas pelas redes sociais.
Por meio do acesso à internet nas diferentes plataformas disponíveis: fixa e móveis como: notebook, tablet, iped, ipod, iphone e smartphone, participando das diversas formas de entretenimento citadas no terceiro parágrafo, é promovido o diálogo e compartilham-se mensagens, imagens e vídeos. Novas amizades são criadas, e em tempo real é possível falar e ver pessoas que estejam em outro continente. Como afirma o Prof.Dr. Stig Hjarvard (HJARVARD), de forma geral, a midiatização implica a virtualização da interação social, ou seja, não dá mais para pensar a sociedade sem as mídias digitais.
Acessando a internet móvel se adianta pauta, é realizado o envio de amplo conteúdo, e se adquire informação e ainda pode-se entreter. Mas, se por um lado existem os benefícios, por outro, aponta-se a superficialidade dos relacionamentos virtuais, desvalorização do contato físico e do diálogo presencial e crescente isolamento.
Em palestra realizada na Sala Aloysio Biondi, 5ª andar, na Faculdade Cásper Líbero, no segundo semestre de 2011, a Profa. Dra. Lúcia Santaella, como defensora das novas mídias, acredita que o importante na atual conjunção em que vivem os núcleos sociais: a família, colegas de trabalho e estudantes, é não pensar as redes sociais com exclusividade.  Para a professora existem relações fortes, as que antecedem a interação virtual, e as relações fracas, que são estabelecidas mediante a participação nas mídias sociais.
O ideal na visão de Santaella é agregar as duas formas de contatos, valorizando-as, mesmo com a noção de diferenciação. Desta forma, será possível interagir da maneira tradicional, tomando um café com os amigos, colegas de trabalho e de faculdade, e abraçando os familiares, ao mesmo tempo em que, clicando no teclado do computador, conversamos com novos amigos que não conhecemos fisicamente, mas com os quais de alguma forma nos identificamos.
A sociedade do ano 2013 é o que podemos chamar de mundo midiatizado, por causa da importância atribuída aos novos meios de comunicação, os quais mudaram as relações, a cultura e a condição da vida social. Todos podem estar em todos os lugares ao mesmo tempo. E não é filme de ficção científica. É a consolidação de um padrão social que se intensifica ano a ano no presente século.
Basta acessar a internet, e viajar no universo virtual. Podemos trabalhar, jogar, conversar, ouvir música, ver e ser visto, sem sair do lugar. A carga de possibilidades é acentuada e histórica. A não prática é a exceção. A regra é todos conectados, acessando 1, 2, 3, 10 ou mais janelas online ao mesmo tempo.

Com base na percepção de Hjarvard (HJARVARD), o próprio conceito de local e global foi retificado pelo fato de os meios de comunicação terem expandido com os eventos e fenômenos o que, outrora, eram lugares distantes. Sendo assim, a sociedade do século XXl se informa sobre assuntos nacionais e mundiais de forma rápida e assídua. E não só recebe a notícia como emite opinião. A virtualização do mundo parece ser um caminho sem volta. Sendo assim, só resta aos cidadãos que não quiserem ser esquecidos pela velocidade dos acontecimentos, se adequarem a esse formato extasiante de padrão social.