O
final do século XX, mais precisamente a década de 1990, acentuou um momento
inédito na história das sociedades ocidentais como Europa, EUA e Japão,
mediante a utilização intensa e progressiva dos meios de comunicação,
principalmente, pela adesão massiva à conexão da internet não só para execução
de trabalhos, mas também para entretenimento com jogos, músicas, vídeos e redes
sociais. Sendo que, estas redes de interação virtual só cresceram em número a
partir do ano 2000.
A
sociedade atual tem um perfil dinâmico que condiciona os cidadãos a se
adequarem dentro de uma forma de vida interconectada, caso contrário, ficam à
margem de informações, novas tendências, modelos de comportamentos, invenções e
contatos, sejam eles de cunho amistoso, profissional ou romântico.
Estamos
na época das diversas formas de interação social desde as mais simples como o
e-mail, um endereço eletrônico, até as mais amplas como:Facebook, Instagram,
Foursquare, Tumblr, Linkedin, Twitter, Skype, blog, entre outras redes sociais.
As mudanças que têm sido efetuadas são sem precedentes no cotidiano das pessoas no
Brasil e no mundo. De forma direta ou indireta os avanços tecnológicos afetam
os habitantes de todos os continentes da Terra. A vida em sociedade foi em
maior ou menor proporção alterada e reinventada. A comunicação face a face tem
sido substituída pela mediada via aparatos da tecnologia.
Do
computador fixo ou móvel, o internauta envia recado, estabelece novas amizades,
vê pessoas, sejam elas conhecidas de longa data ou não, escreve no blog pessoal,
e também no de outros blogueiros, ouve músicas, e também as grava e compartilha,
socializa o perfil profissional no Linkedin, e twittando se aproxima dos
artistas prediletos. Acredita-se que foi exatamente esse o objetivo do criador
desta mídia, possibilitar a sensação de proximidade entre fãs e celebridades,
com textos de até 140 caracteres.
O
nível de interação tanto entre amigos como entre pessoas que tem as mesmas
ideologias é tão forte que, segundo o site G1(G1),
já existem 200 milhões de usuários do Twitter em todo o mundo, apesar de 40% desse
total não twittar, mas, apenas ler as breves mensagens que são postadas e
acompanhar o cotidiano de determinados artistas.
Com
o uso do Twitter a relação dos consumidores com os fornecedores nunca mais foi
a mesma. A reclamação é praticamente gratuita e veiculada com rapidez,
possibilitando com apenas um click grande visibilidade sobre o assunto pelos
internautas. Por meio do Facebook agenda-se além de shows e encontros,
passeatas com foco em reivindicações públicas. Não podemos esquecer a repercussão
nacional e internacional das manifestações públicas de junho deste ano. As
quais foram organizadas pelas redes sociais.
Por
meio do acesso à internet nas diferentes plataformas disponíveis: fixa e móveis
como: notebook, tablet, iped, ipod, iphone e smartphone, participando das diversas
formas de entretenimento citadas no terceiro parágrafo, é promovido o diálogo e compartilham-se
mensagens, imagens e vídeos. Novas amizades são criadas, e em tempo real é
possível falar e ver pessoas que estejam em outro continente. Como afirma o Prof.Dr.
Stig Hjarvard (HJARVARD), de forma geral, a midiatização implica a
virtualização da interação social, ou seja, não dá mais para pensar a sociedade
sem as mídias digitais.
Acessando
a internet móvel se adianta pauta, é realizado o envio de amplo conteúdo, e se adquire
informação e ainda pode-se entreter. Mas, se por um lado existem os benefícios,
por outro, aponta-se a superficialidade dos relacionamentos virtuais,
desvalorização do contato físico e do diálogo presencial e crescente isolamento.
Em
palestra realizada na Sala Aloysio Biondi, 5ª andar, na Faculdade Cásper
Líbero, no segundo semestre de 2011, a Profa. Dra. Lúcia Santaella, como
defensora das novas mídias, acredita que o importante na atual conjunção em que
vivem os núcleos sociais: a família, colegas de trabalho e estudantes, é não
pensar as redes sociais com exclusividade.
Para a professora existem relações fortes, as que antecedem a interação
virtual, e as relações fracas, que são estabelecidas mediante a participação
nas mídias sociais.
O
ideal na visão de Santaella é agregar as duas formas de contatos, valorizando-as,
mesmo com a noção de diferenciação. Desta forma, será possível interagir da
maneira tradicional, tomando um café com os amigos, colegas de trabalho e de
faculdade, e abraçando os familiares, ao mesmo tempo em que, clicando no
teclado do computador, conversamos com novos amigos que não conhecemos
fisicamente, mas com os quais de alguma forma nos identificamos.
A
sociedade do ano 2013 é o que podemos chamar de mundo midiatizado, por causa da
importância atribuída aos novos meios de comunicação, os quais mudaram as
relações, a cultura e a condição da vida social. Todos podem estar em todos os
lugares ao mesmo tempo. E não é filme de ficção científica. É a consolidação de
um padrão social que se intensifica ano a ano no presente século.
Basta
acessar a internet, e viajar no universo virtual. Podemos trabalhar, jogar,
conversar, ouvir música, ver e ser visto, sem sair do lugar. A carga de
possibilidades é acentuada e histórica. A não prática é a exceção. A regra é
todos conectados, acessando 1, 2, 3, 10 ou mais janelas online ao mesmo tempo.
Com
base na percepção de Hjarvard (HJARVARD), o próprio conceito de local e global
foi retificado pelo fato de os meios de comunicação terem expandido com os
eventos e fenômenos o que, outrora, eram lugares distantes. Sendo assim, a
sociedade do século XXl se informa sobre assuntos nacionais e mundiais de forma
rápida e assídua. E não só recebe a notícia como emite opinião. A virtualização
do mundo parece ser um caminho sem volta. Sendo assim, só resta aos cidadãos
que não quiserem ser esquecidos pela velocidade dos acontecimentos, se
adequarem a esse formato extasiante de padrão social.